"Dois homens chegaram a um buraco no céu.
Um pediu ao outro ajuda para se erguer até a abertura...
Mas era tão bonito no céu que o homem que espiou pela beirada esqueceu tudo, esqueceu o companheiro a quem tinha prometido ajudar a subir e simplesmente saiu correndo para entrar em todo o esplendor celeste."
Da tradição inuit, do início do século XX, recitado porInugpasugjug a Knud Rasmussen, o explorador da Groenlândia
Bom, fazendo um trabalho para a faculdade sobre o livro: "O mundo assombrado pelos demônios - A ciência vista como uma vela no escuro (CARL SAGAN)" vi que o ser humano é um bicho muito interessante...
Sagan é um homem apaixonado pela ciência desde que se entende por gente (profissão escolhida para defender com unhas e dentes) e é isso que ele faz neste livro de forma muito envolvente...
A metáfora usada pelo autor já na apresentação de seu livro "a ciencia vista como uma vela no escuro" já nos diz por si só que a ciência veio para deixarmos a ignorância de ladoe fazer com que conheçamos cada aspecto do mundo em que vivemos- e por que não conhecer cada aspecto de nossas vidas também?!
Há uma frase no livro que particularmente me chamou a atenção, esta definem poucas palavras o que é realmente a ciência: "A ciência nos convida a acolher os fatos, mesmo quando não se ajustam às nossas percepções", ou seja, a ciência é uma coleta de dados para termos conhecimento de um determinado assunto. Esta coleta de dados feita por um determinado pesquisador precisa de um embasamento teórico para ser aceito como um artigo científico e, este artigo por sua vez fatalmente vai ser criticado, até mesmo antes de sua publicação, para que tenha mais pesquisas e mais fundamentos. Depois de sua publicação, novas teorias sobre o assunto irão surgir, isso é inevitável, para que tenhamos novos estudos feitos em cima deste determinado assunto para gerar uma nova discussão, e ficarmos atualizados. Mas dessa atualizações, virão novas atualizações e assim sucessivamente, como um moinho e conhecimentos.
Os cientistas estão ali para levar realmente a sério o que descobrem, ora isso é uma descoberta, outrora já é uma notícia antiga, como para citar um exemplo superficial, posso falar do café, em que muitas vezes seus estudos foram contraditórios, ora fazia bem, ora fazia mal para o organismo, até chegarem a um senso comum em que tudo em excesso é prejudicial à saúde.Estes profissionais estão aí para estudar, indagar e chegar a uma conclusão sobre determinado assunto, e as críticas que recebem, servem justamente pra o avanço deste estudo.
No segundo capítulo deste livro, Sagan faz um breve relato sobre a interferência da mídia nas "descobertas científicas" e o quanto isso atrapalhava no século passado, porém hoje no século XXI já temos uma globalização sólida e avançada, onde se aparece alguma notícia, podemos pesquisar a origem desta até mesmo através de conhecidos em redes sociais, porém, eu Giulia, tenho que "dar a mão à palmatória", pois vivemos num mundo reinado pela ignorância, mas... por quê ela não reinaria?!
É muito mais cômodo uma pessoa concordar com apenas um ponto de vista do que "correr atraz" de mais informações, de mais CONHECIMENTO.
Isso acontece todos os dias e momentos de nossas vidas, acontece realmente no nosso cotidiano quando nos relacionamos com alguém, por exemplo. O relacionamento tem o mesmo método da criação de um artigo científico.
Temos que: coletar dados através de perguntas e interpretar estes dados para agregar conhecimento, pois tudo à nossa volta é o desconhecido, e para não perdemos o controle, temos que torna-lo conhecido, próximo de nós mesmos, pois todo e qualquer ser humano tem sim o medo do desconhecido. Quem no mundo nunca passou pelo medo do desconhecido, ou , o medo de perder o controle?!
Todos nós já passamos ou iremos passar por esse medo "ao longo de nossa caminhada". E para isso serve o psicólogo, para intervir neste desconhecido, fazendo com que o indivíduo tenha uma relação estabelecia e saudável com seu meio (seja interior ou exterior).
Claro que não é 100% da população que precisa de um psicólogo para tirar esse medo "de suas costas". Porém cabe a esse profissional a parte da ciência que estabelece esta relação saudável de um individuo com seu meio quando este indivíduo não consegue estabelecer esta relação sozinho e naturalmente.
"Descobrir a gota ocasional de verdade no meio de um grande oceano de confusão e mistificação requer vigilância, dedicação e coragem. Mas, se não praticarmos esses hábitos rigorosos de pensar, não podemos ter a esperança de solucionar os problemas verdadeiramente sérios com que nos defrontamos - e nos arriscamos a nos tornar uma nação de patetas, um mundo de patetas, prontos para sermos passados para trás pelo primeiro charlatão que cruzar o nosso caminho". (Carl Sagan)
